SUMMARY
O mosquito Aedes aegypti é uma espécie sinantrópica e antropofílica que tem preferência e facilidade de proliferar em áreas urbanas. É considerado o principal vetor de viroses como a Febre Amarela, Dengue, Febre Chikungunya e Zika vírus. Há uma carência de estudos que abordem as interações regionais do inseto com a população humana. Este estudo visou descrever as percepções de Agentes de Combate a Endemias (ACE) e da população quanto aos fatores que influenciam na proliferação do A. aegypti. O estudo teve como referência geográfica a cidade de Chapecó (SC). A coleta de dados contemplou ACE ativos no programa municipal de controle da dengue (PMCD) e a população, cidadãos maiores de 18 anos, residentes no município. A coleta de dados foi realizada em outubro de 2017. Foram utilizados um questionário (ACS) e um roteiro de entrevistas (população). Os dados foram tabulados, categorizadas e avaliadas quanto às frequências. Foram entrevistados 41 ACE e 200 cidadãos. Ao todo, 61% dos ACE citaram a gestão inadequada de resíduos sólidos como facilitador para a proliferação do vetor O acúmulo de resíduos em terrenos baldios foi citado por 71% da população entrevistada. Este estudo demonstrou que os sujeitos da pesquisa têm o conhecimento necessário para atuar sobre a infestação do vetor. Os achados contribuem para a prevenção de agravos à saúde. Fornecem subsídios para o desenvolvimento de políticas e estratégias de comunicação em saúde e para o controle vetorial.