SUMMARY
Este artigo tem por objetivo discutir os avanços e as contradições do sistema capitalista, tendo por referência as mudanças ocorridas na sociedade após a crise do feudalismo. Trata-se de um estudo teórico, com análise crítica do desenvolvimento do capitalismo e da noção de progresso da humanidade, realizado por meio de revisão narrativa da literatura. Considera-se que tal progresso se deu mediante práticas de dominação e exclusão, tendo o surgimento de estratificações sociais intensificado a precarização das relações, inclusive no âmbito do trabalho. O controle sobre o corpo, os ritmos e a produtividade, até então herdados do contexto fabril, tornam-se insuficientes e inauguram uma fase de apropriação da subjetividade e dos afetos. Dessa forma, a noção de liberdade de escolha revela-se verdadeiramente frágil e alienada em uma sociedade do consumo, realidade também manifesta nas relações estabelecidas entre o trabalhador e a organização.