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Entre o curso tradicional e o curso experimental da Faculdade de Medicina-USP: a experiência da pedagoga Maria Cecília Ferro Donnangelo, 1968-1976

André Mota

Resumo


As mudanças trazidas pela ditadura militar no Brasil alteraram de forma decisiva a vida institucional da Faculdade de Medicina da USP. Entre a complexidade de uma escola médica sob a pressão político-institucional que se instaurava, a criação de um curso médico capaz de oferecer a formação de um “novo” profissional, movimento nascido das hostes oposicionistas ao regime, redundou numa divisão curricular e de seus alunos. De um lado o curso que vinha se dando até então, o Curso Tradicional, por outro lado uma proposta curricular do então chamado Curso Experimental, que mesmo tendo uma vida curta, entre 1968-1974, possibilitou uma série de experiências nunca pensadas ou permitidas no que dizia respeito ao ensino e prática da medicina. Dentre os professores interessados em alavancar tal proposta inovadora, é interessante notar a presença de Maria Cecília Ferro Donnangelo, figura intelectual das mais relevantes no campo da Saúde Coletiva brasileira e que teve sua trajetória biográfica entrelaçada a esse acontecimento de dimensão pedagógica e política. Acompanhar tal experiência, entre avanços e recuos, faz parte da centralidade deste estudo.


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