Avaliação da taxa de cobertura vacinal no Centro de Saúde de Braga, nas coortes de nascimento de 1990 a 2005

Autores

  • Cristina Nogueira-Silva Licenciada em Medicina pela Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho; Monitora na área curricular Sistemas Orgânicos e Funcionais da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho;
  • Jean Pierre Gonçalves Licenciado em Medicina pela Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v23i5.10401

Palavras-chave:

Programa Nacional de Vacinação, Taxa de cobertura vacinal, Centro de Saúde de Braga

Resumo

Objectivo: Determinar a taxa de cobertura vacinal de cada uma das vacinas incluídas no Programa Nacional de Vacinação (PNV), nas coortes de nascimento de 1990 a 2005, no Centro de Saúde Braga (CSB) e nas suas Extensões de Saúde (ES). Tipo de estudo: Estudo observacional, descritivo e transversal. Local: Centro de Saúde de Braga. População: Utentes inscritos em cada uma das ES e US do CSB, nascidos entre o ano de 1990 e 2005. Métodos: Como fonte de informação utilizou-se o módulo Estatísticas - Vacinas do programa informático SINUS. Resultados: Foram alcançadas taxas de cobertura vacinal superiores a 95% em 2002 na vacina atenuada contra a poliomielite (VAP) e vacina contra a hepatite B (VHB), em 2004 na vacina contra o bacilo Calmette-Guérin (BCG) e vacina contra o sarampo-parotidite epidémica-rubéola (VASPR), e em 2005 na vacina contra a difteria-tétano-tosse convulsa (DTP) e vacina contra o Haemophilus influenzae b (Hib). Relativamente à vacina contra o tétano e a difteria (Td), de imunidade individual, a taxa de cobertura vacinal é sempre inferior a 100% (varia de 84 a 94%). Algumas ES mantêm taxas de cobertura vacinal muitíssimo inferiores ao recomendado. Verifica-se, também, que as taxas de cobertura vacinal são mais baixas para as vacinas cujo PNV prevê um maior número de inoculações, tais como a DTP e a Hib. Conclusões: Verifica-se uma tendência progressiva de melhoria das taxas de cobertura vacinal ao nível do CSB. Contudo, foram atingidos valores superiores a 95% somente muito recentemente. Assim, para a globalidade de utentes do CSB, os objectivos definidos no PNV começam a ser cumpridos de forma aceitável nas coortes de nascimento mais novas. Salienta-se também a existência de importantes assimetrias na taxa de cobertura vacinal que podem comprometer a aquisição da imunidade de grupo, constituindo, por isso, um importante problema de saúde pública.

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Publicado

2007-09-01

Como Citar

Nogueira-Silva, C., & Gonçalves, J. P. (2007). Avaliação da taxa de cobertura vacinal no Centro de Saúde de Braga, nas coortes de nascimento de 1990 a 2005. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 23(5), 503–18. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v23i5.10401

Edição

Secção

Investigação Original

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