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A CENTRALIDADE INTRAURBANA A PARTIR DA ANÁLISE DE FRANQUIAS E FILIAIS EM CIDADES MÉDIAS

Heloísa Mariz Ferreira

Resumo


No presente artigo, nosso objetivo consiste em tecer análise comparativa e relacional entre as áreas centrais de cidades médias policêntricas, em especial, Presidente Prudente, situada no Oeste do estado de São Paulo, por meio da inferência da complexidade do capital das empresas, identificada, de modo quantitativo e qualitativo, pela presença de franquias e filiais. Esta escolha se justifica pela expressiva atração de consumidores destes estabelecimentos, cujas dinâmicas são representativas de vínculos e interações espaciais com o capital externo e lógicas espaciais subjacentes, pertencentes a processos de desconcentração espacial de atividades do centro principal para novas áreas centrais e segmentação socioespacial dos espaços de consumo. De modo geral, as lógicas espaciais atinentes privilegiam áreas que correspondem a signos de modernidade, como shopping centers, e são parte do processo de reestruturação espacial, que implica em alteração do conteúdo e da relação entre centro e periferia. Entretanto, a despeito da magnitude de tais dinâmicas e processos, o centro mantem-se importante mesmo nesse quadro de policentrismo, considerando a seletividade funcional dos processos de desconcentração espacial, movimentos contrários a estes e o caráter múltiplo das práticas espaciais de consumo. Isto demanda à análise relativização das repercussões da conformação de estruturas urbanas policêntricas e da perda de importância do centro.


Palavras-chave


policentralidade; franquias; filiais; cidades médias; Presidente Prudente-SP



DOI: http://dx.doi.org/10.5380/raega.v45i1.51346