O LUGAR DO PROFESSOR NAS IMAGENS DA NOVA ESCOLA

Autores

  • Daniel Revah

Palavras-chave:

História da educação, Discurso educacional, Construtivismo

Resumo

No Brasil, na década de 1980, a emergência do discurso pedagógico construtivista (re)ordenou os discursos educacionais precedentes, incidindo desse modo no lugar do professor, ou melhor, da professora, que é o que corresponde ao gênero predominante no nível pré-escolar e no então chamado 1° Grau % os níveis de ensino onde esse discurso se constitui e instala com maior ressonância. Este trabalho analisa imagens de capa da revista Nova Escola, publicada desde 1986, numa média de dez números anuais. Essas imagens permitem evidenciar aspectos relativos a esse (re)ordenamento e à (re)configuração do lugar do professor sob a égide do construtivismo, no período que se estende do momento imediatamente anterior a essa emergência até meados da década de 1990, quando no construtivismo ocorre uma importante inflexão. Para tratar dessa emergência e do (re)ordenamento discursivo correspondente foi desenvolvido o conceito de significante de ressonância, que é um pequeno desdobramento do conceito de significante-mestre formulado por Lacan. Neste artigo, significantes como “Emilia Ferreiro”, “Piaget” e “Construtivismo” são concebidos primeiramente como significantes-mestres que adquiriram ressonância social, ao serem esgrimidos em inúmeras falas, nas décadas de 1980 e 1990, para defender, situar, reconhecer ou atacar determinadas posições no campo da educação escolar. Por meio desses significantes de ressonância e de outros a eles vinculados, processa-se o (re)ordenamento discursivo que resultou na emergência do construtivismo e em
mudanças significativas no lugar do professor.

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Publicado

2017-11-24

Como Citar

Revah, D. (2017). O LUGAR DO PROFESSOR NAS IMAGENS DA NOVA ESCOLA. Psicologia Argumento, 27(59). Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/psicologiaargumento/article/view/19701

Edição

Seção

Artigos