Níveis de espacialização acústica em recentes estreias internacionais 59 de óperas brasileiras
Resumo
O espaço, lugar de concerto, recebeu diversos graus de atenção de compositores e intérpretes ao longo da história. Até o século XX, a teoria classificava o uso do espaço em dois níveis: integrado, ou não, à obra musical. Balász Horváth (2005) agrega a esta classificação a contribuição artística do intérprete como nível intermediário, definindo três graus de integração estrutural entre espaço e composição: (1) espaço ocupado, (2) espaço auxiliar, (3) espaço integrado. O uso do espaço de uma obra também pode ser avaliado pela mobilidade de suas fontes sonoras, classificadas em dois tipos (acústico ou eletroacústico) e em dois estados (móvel ou estático). Independentemente do estado, o deslocamento de material sonoro pode ocorrer de modo real ou virtual. Trechos das óperas Biblioteca (2011) e Preço do perdão (2012), de Zoltan Paulinyi, com libretos de Ester Macedo, exemplificam os níveis de números 2 e 3 de Horváth, respectivamente.
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PDFReferências
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ISSN 0103-7412 (versão impressa, 1989-2008), ISSN 1517-7017 (versão online, 2009- )