A MULHER E A REPRODUÇÃO SOCIAL DA FAMÍLIA

Autores

  • Miriam de Oliveira SANTOS

Resumo

No final do século XIX a grande imigração européia para o Brasil é basicamente uma imigração camponesa. A base do campesinato, que, aliás, se encontra na própria definição do termo, é o trabalho familiar. Sendo assim o casamento é um evento extremamente importante, que produz não só uma nova família, mas uma nova unidade produtiva. Estamos diante do "pai-patrão" que governa o processo de trabalho em uma família que funciona como unidade produtiva. Nas colônias fundadas por estes imigrantes europeus o controle dos casamentos era visto como extremamente importante já que deles podiam depender a sobrevivência do grupo e de seus costumes, tradições, etc. Até a segunda metade do século XX ainda eram comuns os casamentos arranjados, os cálculos matrimoniais que uniam não-herdeiros com herdeiras, e especialmente uma tentativa permanente de casar "para cima", isto é com alguém situado, economicamente falando, em um espaço social um pouco acima do seu. Nesse contexto casamentos fora do grupo são raros e vistos com desconfiança e geralmente só realizados quando havia a possibilidade do indivíduo não casar, situação vista como pior do que a alternativa de casar para baixo.

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Publicado

2007-12-20

Como Citar

SANTOS, M. de O. A MULHER E A REPRODUÇÃO SOCIAL DA FAMÍLIA. Revista Ártemis, [S. l.], n. 7, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/artemis/article/view/2153. Acesso em: 30 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos