O contexto de improvisação em música popular instrumental sob uma perspectiva sistêmica

Raphael Ferreira da Silva

Resumo


Neste artigo procuramos construir um arcabouço teórico que possa auxiliar no estudo das dinâmicas internas inerentes ao contexto de improvisação em música popular instrumental, notadamente no que se refere ao jazz e à música brasileira popular instrumental. As considerações expostas podem servir como suportes conceituais para o processo analítico de casos encontrados nessas diferentes realidades técnico-estéticas, uma vez que, de maneira geral, abordamos elementos e comportamentos observados em práticas disseminadas dentro das vertentes supracitadas. Buscamos propor um olhar reflexivo sobre o objeto artístico a partir de conceitos provenientes de um modelo analítico interdisciplinar, que tem na Sistêmica a sua principal sustentação.


Palavras-chave


Improvisação (música). Sistêmica. Jazz. Música brasileira popular instrumental.

Texto completo:

PDF PDF (English)

Referências


ANDRADE, Ramon Souza Capelle. Sistêmica, hábitos e auto-organização. Tese (Doutorado em Filosofia). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, UNICAMP, Campinas, 2011.

BARRET, Frank. Cultivating an Aesthetic of Unfolding: Jazz Improvisation as a Self-Organizing System. In: LINSTEAD, Stephen; HÖPFL, Harro (Eds.). The Aesthetics of Organizations. London: Sage, 2000. p. 228-245.

BERLINER, Paul F. Thinking in Jazz. Chicago: The University of Chicago Press, 1994.

BERTALANFFY, Ludwig Von. General System Theory. New York: George Braziller, 1968.

BORGO, David. Sync or Swarm: Improvising Music in a Complex Age. New York/London: Continuum, 2005.

BRESCIANI FILHO, Ettore; D'OTTAVIANO, ítala Maria Loffredo. Conceitos básicos de sistêmica. In: Auto-organização: estudos interdisciplinares, Coleção CLE, Campinas, v. 30, 2000. p. 283-306.

______. Sistêmica, auto-organização e criação. MultiCiência: Revista Interdisciplinar dos Centros e Núcleos da Unicamp, Campinas, v. 3, p. 1-23, 2004.

BUNGE, Mario. La investigación científica. Barcelona: Editorial Arial, 1976.

______. Diccionario de filosofía. Ciudad de México: Siglo Veinturo Editores, 2001.

CIRINO, Giovanni. Narrativas musicais: performance e experiência na música popular instrumental brasileira. Dissertação (Mestrado em Antropologia). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP, São Paulo, 2005.

COSTA, Rogério Luiz Moraes. O músico enquanto meio e os territórios da livre improvisação. Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica). Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2003.

DEBRUN, Michel. Por que, quando e como é possível falar em auto-organização? In: Auto-organização: estudos interdisciplinares. Coleção CLE, Campinas, v. 18, 1996. p. XXXIII-XLIII.

______. Identidade nacional brasileira e auto-organização. Coleção CLE, Campinas, v. 53, 2009.

FREITAS, Sérgio Paulo Ribeiro de. Que acorde ponho aqui? Harmonia, práticas teóricas e o estudo de planos tonais em música popular. Tese (Doutorado em Música). Instituto de Artes, UNICAMP, Campinas, 2010.

GASPARIAN, Maria Cecília. Psicopedagogia Institucional Sistêmica. São Paulo: Lemos, 1997.

HATTEN, Robert S. Musical Gesture: Theory and Interpretation. Jacobs School of Music, Indiana University [s.n.]: [s.d.]. Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2016.

JONG, Jacqueline Beatrix de. Collective Talent: A Study on Improvisational Group Performance in Music. Amsterdam: Amsterdam University Press, 2006.

KENNY, Barry J.; GELLRICH, Martin. Improvisation. In: PARNCUTT, Richard; MCPHERSON, Gary E. (Eds.). The Science & Psychology of Music Performance. New York: Oxford University Press, 2002. p. 117-134.

LEITÃO, Rodrigo Aparecido Azevedo. O jogo de futebol: investigação de sua estrutura, de seus modelos e da inteligência de jogo, do ponto de vista da complexidade. Tese (Doutorado em Educação Física). Faculdade de Educação Física, UNICAMP, Campinas, 2009.

MARTINS, Cleide. A improvisação em dança: um processo sistêmico e evolutivo. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Semiótica). Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 1999.

MICHAELSEN, Garret. Analyzing Musical Interaction in Jazz Improvisation of the 1960s. Tese (Doutorado em Música). Jacobs School of Music, Indiana University, Bloomington, 2013.

MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand, 1996.

______. O Método: 1. A natureza da natureza. Mem Martins: Publicações Europa-América, 1997.

______. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2005.

PEIRCE, Charles Sanders. Collected Papers of Charles Sanders Peirce: Principles of Philosophy. Cambridge: Charles Hartshorne & Paul Weiss, 1962.

PRESSING, Jeff. Cognitive Processes in Improvisation. In: CROZIER, R.; CHAPMAN, A. (Eds.), Cognitive Processes in the Perception of Art. Amsterdam: North Holland, 1984. p. 345-366.

______. Improvisation: Methods and Models. In: SLOBODA, J. (Org.). Generative Processes in Music. New York: Oxford University Press, 1988. p. 129-178.

RINZLER, Paul. Preliminary Thoughts on Analyzing Interaction among Jazz Performers. Annual Review of Jazz Studies, v. 4, p. 153-160, 1988.

SARATH, Edward W. Improvisation, Creativity and Consciousness: Jazz as Integral Template for Music, Education, and Society. Albany: State University of New York Press, 2013.




DOI: http://dx.doi.org/10.20504/opus2017b2301

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Direitos autorais 2017 Raphael Ferreira da Silva

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.

 
OPUS - Revista Eletrônica da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música (ANPPOM)
ISSN 0103-7412 (versão impressa, 1989-2008), ISSN 1517-7017 (versão online, 2009- )