O Satanás em O Paraíso Perdido: do trítono e suas sombras no heavy metal

Matheus Rocha Grain, Sérgio Paulo Ribeiro de Freitas

Resumo


Este texto propõe uma revisão de leituras e memórias sobre Satanás a partir do poema O Paraíso Perdido, escrito por John Milton em 1667. A revisão destaca ressonâncias desse marco da literatura inglesa na produção musical do heavy metal, uma vez que, nessas leituras e memórias, Satanás é compreendido como personificação da subversão, aquele que inaugura a contravenção frente à ordem estabelecida. A entidade é frequentemente representada, sonoramente, pelo trítono, intervalo que é conhecido como diabolus in musica. A associação entre o intervalo e o diabo, instigada pela inventiva história da proibição do trítono pela Igreja durante a Idade Média, é ilustrada por canções escolhidas em álbuns de bandas de heavy metal e subgêneros. Ainda que essa história careça de lastro documental, conclui-se que ela é relevante na produção do heavy metal, pois potencializa representações de Satanás, campeão da agência individual e emblema de uma procura por novas formas de pertencimento.


Palavras-chave


Literatura e música. Consonância e dissonância. Música e significado. Música e religião. Música rock.

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DOI: http://dx.doi.org/10.20504/opus2021c2721

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OPUS - Revista Eletrônica da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música (ANPPOM)
ISSN 0103-7412 (versão impressa, 1989-2008), ISSN 1517-7017 (versão online, 2009- )