Distribuição espacial da raiva humana e atenção básica em saúde: O caso do surto nas populações ribeirinhas dos municípios de Breves e Melgaço, Pará, Brasil

Deyse Cristina de S. Fernandes, Jean Marcos Alves da Silva, Bruna Costa de Souza, Matheus Marinho Rios, Emerson Cordeiro de Morais, Douglas Gasparetto, Cláudia do Socorro Carvalho Miranda, Nelson Veiga Gonçalves

Resumo

A raiva humana é descrita como uma das mais antigas antropozoonoses da humanidade e está associada a vulnerabilidade econômica, social e ambiental das áreas onde estão populações humanas em situação de pobreza. Neste contexto, este trabalho objetivou analisar a distribuição espacial da raiva humana e sua relação com a cobertura dos serviços de saúde, nos municípios de Breves e Melgaço, na mesorregião do Marajó, estado do Pará, no ano de 2018. Para tal, foi realizado um estudo descritivo, transversal e ecológico, que utilizou dados governamentais de acesso público e restrito. Para a depuração, o georreferenciamento e a análise estatística e espacial foram utilizados os softwares TabWin36b, Biostat 5.4. e Arcgis 10.5 respectivamente. O perfil epidemiológico mostrou que os indivíduos mais acometidos foram crianças, do sexo masculino e residentes de zona rural, além de alto percentual de dados ignorados relacionados a sintomatologia. A doença apresenta distribuição espacial não homogênea entre os municípios observados, com padrão desigual em relação à cobertura dos serviços de saúde. Diante do exposto, recomendamos a intensificação e a ampliação das ações de vigilância em saúde, nos municípios de estudo, para a mitigação dos efeitos adversos da doença sobre as populações humanas, sobretudo as ribeirinhas.

Biografia do Autor

Deyse Cristina de S. Fernandes, Universidade do Estado do Pará-UEPA.

Acadêmica de Medicina na Universidade do Estado do Pará-UEPA.

Jean Marcos Alves da Silva, Universidade do Estado do Pará-UEPA.

Acadêmico de Medicina na Universidade do Estado do Pará-UEPA.

Bruna Costa de Souza, Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA

Acadêmica de Sistemas de Informação na Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA; Assistente de pesquisa no Laboratório de Epidemiologia e Geoprocessamento da Amazônia-EPIGEO.

Matheus Marinho Rios, Universidade do Estado do Pará-UEPA.

Acadêmico de Medicina na Universidade do Estado do Pará-UEPA.

Emerson Cordeiro de Morais, Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA

Doutor em Engenharia de Sistemas e Computação; Docente na Universidade Federal Rural da Amazônia.

Douglas Gasparetto

Mestre em Ciências Ambientais; Pesquisador do Laboratório de Epidemiologia e Geoprocessamento da Amazônia-EPIGEO.

Cláudia do Socorro Carvalho Miranda, Universidade do Estado do Pará-UEPA.

Doutora em Biologia Parasitária; Docente na Universidade do Estado do Pará-UEPA e na Escola Superior da Amazônia-EZAMAZ.

Nelson Veiga Gonçalves, Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA

Doutor em Ciências da Informação; Docente na Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA e na Universidade do Estado do Pará-UEPA; Coordenador do Laboratório de Epidemiologia e Geoprocessamento da Amazônia-EPIGEO.

Publicado
2021-12-08