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(In)justiça ambiental: uma proposta de modelo teórico-epistemológico

Pollyana Martins Santos, Maria das Dores Saraiva de Loreto, Marcelo Leles Romarco de Oliveira

Resumo


Os processos de reprodução das sociedades são marcados pelo confronto entre diferentes projetos de uso e significação de seus recursos ambientais. Sob este aspecto é que os atores sociais comprometidos com a busca de justiça ambiental procuram denunciar a existência de uma lógica política que orienta a distribuição dos danos ambientais em detrimento dos grupos sociais mais vulneráveis, conformando situações de injustiça ambiental. Sendo assim, o presente ensaio tem por objetivo traçar um modelo teórico-epistemológico para a concepção de justiça ambiental e para as causas da injustiça ambiental. Para tanto, foram adotados como bases teóricas a concepção tríplice de justiça ambiental de Schlosberg (2004), assim como o paradigma do marxismo ecológico. Neste sentido, construiu-se um estudo de natureza qualitativa, descritiva, de revisão bibliográfica. Os resultados demonstram a importância da corrente crítica da justiça ambiental como forma de desnaturalizar a relação entre desigualdade social e proteção ambiental, promovendo reflexões acerca das contradições que caracterizam as relações do capital.


Palavras-chave


justiça ambiental; injustiça ambiental; conflito ambiental; capitalismo; marxismo ecológico

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dma.v59i0.76651