Sem Camelos nem Túnicas, Apenas Pirâmides

Perspectivas de Sustentabilidade em Jogos NFT pela Visão de Usuários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31211/interacoes.n44.2023.a6

Palavras-chave:

Jogos NFT, Pirâmides Financeiras, Sustentabilidade

Resumo

Os Blockchain games ou jogos de tokens não-fungíveis (jogos NFT) são representações de mundos reais, em contexto digital, que têm o propósito de gerar uma concentração econômica para os usuários. Dessa forma, eles rompem o conceito clássico de jogos - finalidade diversão - e passam a representar, até mesmo, uma fonte de renda para seus jogadores. Porém, percebe-se que, devido aos mecanismos usados nesses mundos e à  velocidade que pretendem crescer devido à  concorrência, eles se tornam insustentáveis, não passando de pirâmides financeiras. Para isso, questiona-se de que forma pode-se implantar mecanismos de jogos tradicionais nos blockchain games para maximizar a sua entrega de valor aos seus usuários. A metodologia para solucionar este problema é indutiva, tendo abordagem qualitativa, natureza básica e finalidade exploratória e explicativa, sendo apoiada pelo uso de questionários com perguntas semiestruturadas para usuários desses games. Por fim, concluiu-se que a sugestão proposta por este trabalho atua de forma eficaz para solucionar os principais problemas destes mundos virtuais que se apresentam como uma realidade para a economia global.

Biografias Autor

Felipe Moura Oliveira, Universidade Federal do Ceará, Brasil

Bacharel em Administração pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Mestrando na Universidade Federal do Ceará (UFC).

Joseane de Carvalho Leão, Universidade Estadual do Piauí, Brasil

Bacharel em Ciências Econômicas e Mestre em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Referências

Almeida, I. N., Rall, R., & de Almeida, O. C. P. (2011). Estudo da vulnerabilidade à coleta de informações por meio da técnica de phishing e scam na fatec botucatu. Tekhne e Logos, 2(3), 19-21.

Alves, F. (2015). Gamification: como criar experiências de aprendizagem engajadoras. DVS editora.

Andrade, M. D. (2017). Tratamento jurídico das criptomoedas: a dinâmica dos bitcoins e o crime de lavagem de dinheiro. Revista Brasileira de Políticas Públicas, 7(3), 43-59.

Antunes, M. A., & Procianoy, J. L. (2003). Os efeitos das decisões de investimentos das empresas sobre os preços de suas ações no mercado de capitais. Revista de Administração da Universidade de São Paulo, 38(1).

Araki, M. E., Silva, P. V. J., Gomes, L. L., & Brandão, L. E. T. (2018). Modelo de equilíbrio para lançamento de certificados de energia renovável na blockchain. Cadernos de Gestão e Empreendedorismo, 6(2), 66-83.

Aranha, A. B. J., & Sacramento, F. J. S. (2013). Tesouro direto: Estudo com os professores da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque. Revista Eletrônica Gestão e Negócios, São Roque, 4(1), 2-27.

Araújo, C. A. G., & Tenório, L. E. F. (2012). Proposta de um processo de Gamification utilizando redes sociais como ferramenta. Proceedings of SBGames’ 2012, 12-15.

Bíblia Sagrada: Nova Almeida Atualizada (J. Ferreira de Almeida, Trad.). (2017). Sociedade Bíblica do Brasil.

Bitcoin Pizza Day: Saiba o que é e porque foi tão marcante! (s.d.). Mercado Bitcoin - Economia Digital. https://blog.mercadobitcoin.com.br/o-que-e-pizza-day#:~:text=Foi%20em%20meados%20de%202010,em%20troca%20de%202%20pizzas

Blockchain Academy. (s.d.). Catálogo - Blockchain Academy. https://blockchainacademy.com.br/bitcoin-p2p-x-exchanges

Boonparn, P., Bumrungsook, P., Sookhnaphibarn, K., & Choensawat, W. (2022). Social data analysis on play-to-earn non-fungible tokens (NFT) games. In 2022 IEEE 4th Global Conference on Life Sciences and Technologies (LifeTech) (pp. 263-264). IEEE.

Bouoiyour, J., Selmi, R., Tiwari, A. K., & Olayeni, O. R. (2016). What drives Bitcoin price. Economics Bulletin, 36(2), 843-850.

Brasil. L1521. (s.d.). PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l1521.htm

Brasil. L5172. (s.d.). PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm

Camacho, T. S., & Silva, G. J. C. (2019). Criptoativos: Uma Análise do Comportamento e da Formação do Preço do Bitcoin. Revista de Economia, 39(68).

Cardoso, B. C. (2019). Algoritmos como “máquinas de cultura”: Notas sobre política e produção de consenso no sistema peer-to-peer Bitcoin. Anais da ReACT-Reunião de Antropologia da Ciência e Tecnologia, 4(4).

Carvalho, C. E., Pires, D. A., Artioli, M., & OLIVEIRA, G. C. D. (2017). Bitcoin, Criptomoedas, Blockchain: Desafios analíticos, reação dos bancos, implicações regulatórias. Fórum Liberdade Econômica.

Castello, M. G. (2019). Bitcoin é moeda? Classificação das criptomoedas para o direito tributário. Revista Direito GV, 15.

Coutinho, P., & Tabak, B. M. (2003). Gestão Descentralizada de Carteiras. Brazilian Review of Finance, 1(2), 243-270.

Deterding, S., Dixon, D., Khaled, R., & Nacke, L. (2011). From game design elements to gamefulness: defining” gamification”. In Proceedings of the 15th international academic MindTrek conference: Envisioning future media environments (pp. 9-15).

Fardo, M. L. (2013). KAPP, Karl M. The gamification of learning and instruction: game-based methods and strategies for training and education. San Francisco: Pfeiffer, 2012. CONJECTURA: filosofia e educação, 18(1), 201-206.

Faria, L. A. E. (2009). O colapso da pirâmide financeira. Indicadores Econômicos FEE, 36(4), 91-98.

Ferrarezi, R. S. L. (2020). O caminho das pedras para a tributação dos criptoativos. Revista Tributária e de Finanças Públicas, 142, 243-260.

Ferreira, J. E., Pinto, F. G. C., & dos Santos, S. C. (2017). Estudo de mapeamento sistemático sobre as tendências e desafios do Blockchain. Gestão. org, 15(6), 108-117.

Follador, G. B. (2017). Criptomoedas e competência tributária. Revista brasileira de políticas públicas, 7(3), 79-104.

Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. Ediitora Atlas SA.

Keynes, J. M. (2017). Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Saraiva Educação SA.

Lacerda, G. G. V. B. D. (2022). Manual de comunicação do mercado cripto: conteúdo de marca no contexto das criptomoedas e da gamificação de tokens (Bachelor's thesis, Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

Lakatos, E. M., & Marconi, M. D. A. (2001). Metodologia do trabalho científico. In Metodologia do trabalho científico (pp. 198-198).

Lazo, J. G. L., Medina, G. H. H., Almeida, L. F., & Talavera, A. (2021). Sistema híbrido para tomada de decisão em investimentos no mercado de criptomoedas. Brazilian Journal of Development, 7(2), 19577-19593.

Lei nº 1.521, de 26 de Dezembro de 1951, Lei n.º 1.521 (1951) (Brasil). https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:lei:1951-12-26;1521

Lei nº 12.865, de 9 de Outubro de 2013, Lei n.º 12.865 (2013) (Brasil). https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:lei:2013-10-09;12865

Lei nº 9.069, de 29 de Junho de 1995, Lei n.º 9.069 (1995) (Brasil). https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:lei:1995-06-29;9069

Lima, F. C. G. (2005). Uma análise crítica da literatura sobre a oferta e a circulação de moeda metálica no Brasil nos séculos XVI e XVII. Estudos Econômicos (São Paulo), 35, 169-201.

Momo, F. D. S., Schiavi, G. S., Behr, A., & Lucena, P. (2019). Business models and blockchain: What can change?. Revista de Administração Contemporânea, 23, 228-248.

Moresi, E. (2003). Metodologia da pesquisa. Brasília: Universidade Católica de Brasília, 108(24), 5.

Oliveira, F. M., & das Graças, R. R. (2020). Gamificação com Foco em Resultados. Revista Valore, 5, 204-214.

Oliveira, F. M., & Farias, G. A. (2020). Quadro de modelagem gamificada: manual para gamificadores. Gráfica e editora da UESPI.

Pesserl, A. (2021). NFT 2.0: blockchains, mercado fonográfico e distribuição direta de direitos autorais. Revista Rede de Direito Digital, Intelectual & Sociedade, 1(1), 255-294.

Receita Federal. (s.d.). Receita Federal. http://receita.economia.gov.br/interface/cidadao/irpf/2019/perguntao/perguntas-e-respostas-irpf-2019

Ruiz, J. Á. (2002). Metodologia científica. Guia para eficiência nos estudos, 13, 131.

Sallaberry, J. D., Silva, R. D. O., & Flach, L., (2019). Benefício e risco percebidos como determinantes do uso de criptomoedas em tecnologia Blockchain: um estudo com Modelagem de Equações Estruturais. Contabilidad y Negocios, 14(27), 118-137.

Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, M. D. P. B. (2013). Definição do alcance da pesquisa a ser realizada: exploratória, descritiva, correlacional ou explicativa. Metodologia de pesquisa. 5ª ed. Porto Alegre: Penso, 99-110.

Santos, V. B., Spers, V. R. E., & Cremonezi, G. O. G. (2017). As Diferenças entre Marketing Multinível e as Pirâmides Financeiras ou “Esquema de Pirâmides”. ReMark-Revista Brasileira de Marketing, 16(2), 243-251.

Sarai, L., Iwakura, C. R., & Gueiros, P. (2021). Regulação, responsabilidade e stablecoins. Revista da Advocacia Pública Federal, 5(1), 226-244.

Scolese, D., Bergmann, D. R., Silva, F. L., & Savoia, J. R. F. (2015). Análise de estilo de fundos imobiliários no Brasil. Revista de Contabilidade e Organizações, 9(23), 24-35.

Sichel, R. L., & Calixto, S. R. (2018). Criptomoedas: impactos na economia global. Perspectivas. Revista de Direito da Cidade, 10(3), 1622-1641.

Silva, S. S., & Lima, B. M. (1986). Criptoeconomia ou economia subterrânea. Revista Conjuntura Econômica, 40(8), 201-209.

Silveira, L. A., Realan, M., & Amaral, É. (2016). Engenharia Social: Uma análise sobre o ataque de Phishing. Anais SULCOMP, 8.

Sousa, R. S., & do Carmo Galiazzi, M. (2017). A categoria na análise textual discursiva: sobre método e sistema em direção à abertura interpretativa. Revista Pesquisa Qualitativa, 5(9), 514-538.

Souza, V. D. R., & Amaral, M. A. (2022). NFT a propriedade digital do futuro. projetos e relatórios de estágios, 4(1).

Teixeira, T. B., Yamashita, R. P., & Batista, R. T. (2022). RBDC–Real Backed Digital Currency. Revista LIFT papers, 4(4).

Tekinbas, K. S., & Zimmerman, E. (2003). Rules of play: Game design fundamentals. MIT press.

Ulrich, F. (1892). Bitcoin-a moeda na era digital. Journal, 2, 239.

Valadares, J. A., Oliveira, V. C., de Azevedo Sousa, J. E., Bernardino, H. S., Villela, S. M., Vieira, A. B., & Gonçalves, G. D. (2021, August). Identificaçao de perfis de comportamento de usuários no Ethereum utilizando técnicas de aprendizado de máquina. In Anais do IV Workshop em Blockchain: Teoria, Tecnologias e Aplicações (pp. 60-73). SBC.

Vasconcellos, M. A. S. D., & Garcia, M. E. (1998). Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2.

Vianna, M., Vianna, Tanaka, S., Y., & Medina, B. (2013). Gamification, Inc.: como reinventar empresas a partir de jogos. MJV Press.

Zumas, V. F. S. (2020). Criptomoedas, criptocrime e criptoinvestigação. Revista Eletrônica Direito & TI, 1(12), 8-8.

Downloads

Publicado

2023-06-30

Como Citar

Oliveira, F. M., & Leão, J. de C. (2023). Sem Camelos nem Túnicas, Apenas Pirâmides: Perspectivas de Sustentabilidade em Jogos NFT pela Visão de Usuários. Interações: Sociedade E As Novas Modernidades, (44), 135–164. https://doi.org/10.31211/interacoes.n44.2023.a6

Edição

Secção

Artigos