Efeito da cadeia de valor nas práticas ambientais, sociais e de governança: uma análise em empresas listadas no IBOVESPA
Resumo
Objetivo: Analisar o efeito da Cadeia de Valor nas práticas Ambientais, Sociais e de Governança (ASG) entre as empresas pertencentes ao índice Bovespa. A Cadeia de Valor corresponde a um conjunto interconectado de atividades que agregam valor as empresas, sendo que por meio da Inovação Aberta seria possível capturar dimensões adicionais do desempenho, como as práticas ASG.
Método: Pesquisa descritiva, documental e com abordagem quantitativa por meio da Regressão Linear de Mínimos Quadrados Ordinários. A amostra do estudo correspondeu a 64 empresas não financeiras pertencentes ao índice Bovespa, durante o período de 2016 a 2020.
Originalidade/Relevância: A originalidade da pesquisa consiste em investigar a questão da pesquisa do ponto de vista da inovação aberta, além de buscar evidencias acerca de fatores estratégicos das empresas que permitem maximizar o desempenho organizacional por meio da formação de cadeias globais de valor e a geração de melhorias sustentáveis.
Resultados: Os resultados apontam uma relação positiva e significativa entre a Cadeia de Valor e as práticas ASG, revelando que empresas com maiores relações fornecedor-cliente possuem incentivos para desenvolver iniciativas estratégicas para as práticas ASG. Adicionalmente, o teste de sensibilidade confirma os achados da análise principal, ao verificar individualmente cada uma das práticas.
Contribuições teóricas/práticas: No âmbito teórico, contribui ao utilizar a inovação aberta para investigar a questão de pesquisa. Sob o ponto de vista prático, contribui ao demonstrar que as capacidades originadas em decorrência do envolvimento na cadeia de valor possibilitam práticas socioambientais. Pesquisas futuras podem analisar setores específicos, bem como utilizar outras medidas para Cadeia de Valor e formas de mensuração para as práticas ASG.
Downloads
Referências
mobile. Emerald Group Publishing Limited, 10(1), 5-12. DOI: 10.1108/14636690810850120
Atan, R., Alam, M. M., Said, J., & Zamri, M. (2018). The impacts of environmental, social, and governance factors on firm performance: Panel study of Malaysian companies. Management of Environmental Quality, 29(2), 182-194. DOI: 10.1108/MEQ-03-2017-0033
Canto, N. R., Bossle, M. B., Marques, L., & Dutra, M. (2020). Supply chain collaboration for sustainability: A qualitative investigation of food supply chains in Brazil. Management of Environmental Quality, 32(6), 1210-1232. DOI: 10.1108/MEQ-12-2019-0275
Chesbrough, H. W. (2003). Open innovation: the new imperative for creating and profiting from technology. Harvard Business Press.
Dedrick, J., Kraemer, K. L., & Linden, G. (2010). Who profits from innovation in global value chains?: a study of the iPod and notebook PCs. Industrial and corporate change, 19(1), 81-116. DOI: 10.1093/icc/dtp032
Drempetic, S., Klein, C., & Zwergel, B. (2020). The influence of firm size on the ESG score: Corporate sustainability ratings under review. Journal of Business Ethics, 167(2), 333-360. DOI: 10.1007/s10551-020-04441-4
Esko, S., Zeromskis, M., & Hsuan, J. (2013). Value chain and innovation at the base of the pyramid. South Asian Journal of Global Business Research. 2(2), p. 230-250. DOI: 10.1108/SAJGBR-03-2012-0020
Fearne, A., Martinez, M. G., & Dent, B. (2012). Dimensions of sustainable value chains: implications for value chain analysis. Supply Chain Management. DOI: 10.1108/13598541211269193
Greco, S. D. S. (2019). Global entrepreneurship monitor. Empreendedorismo no Brasil: 2019. Recuperado de https://ibqp.org.br/wp-content/uploads/2021/02/Empreendedorismo-no-Brasil-GEM-2019.pdf.
Handfield, R. B., Walton, S. V., Seegers, L. K., & Melnyk, S. A. (1997). ‘Green’value chain practices in the furniture industry. Journal of operations management, 15(4), 293-315. DOI: 10.1016/S0272-6963(97)00004-1
Hernandez, D. F., & Haddud, A. (2018). Value creation via supply chain risk management in global fashion organizations outsourcing production to China. Journal of Global Operations and Strategic Sourcing. DOI: 10.1108/JGOSS-09-2017-0037
Knoll, H. O., & Jastram, S. M. (2019). A pragmatist perspective on sustainable global value chain governance–the case of Dr. Bronner’s. Society and Business Review. DOI: 10.1108/SBR-12-2017-0122
London, T. & Hart, S.L. (2004). Reinventing strategies for emerging markets: beyond the
transnational. Journal of International Business Studies, 35(5), 350-370. DOI: 10.1057/palgrave.jibs.8400099
Miranda, R. L., Hein, N., Kroenke, A., & Jost, J. P. (2020). Sustentabilidade das Empresas do Setor de Materiais Básicos do Brasil. Vivências, 16(31), 289-314. DOI: 10.31512/vivencias.v16i31.254
Mol, A. P. (2015). Transparency and value chain sustainability. Journal of Cleaner Production, 107, 154-161. DOI: 10.1016/j.jclepro.2013.11.012
Nadae, J. de, Carvalho, M. M., & Vieira, D. R. (2019). Exploring the influence of environmental and social standards in integrated management systems on economic performance of firms. Journal of Manufacturing Technology Management. DOI:10.1108/JMTM-06-2018-0190
Pathak, S. D., Day, J. M., Nair, A., Sawaya, W. J., & Kristal, M. M. (2007). Complexity and adaptivity in supply networks: Building supply network theory using a complex adaptive systems perspective. Decision sciences, 38(4), 547-580. DOI: 10.1111/j.1540-5915.2007.00170.x
Pedersen, L. H., Fitzgibbons, S., & Pomorski, L. (2021). Responsible investing: The ESG-efficient frontier. Journal of Financial Economics, 142(2), 572-597. DOI: 10.1016/j.jfineco.2020.11.001
Pistoni, A., & Songini, L. (2013). Corporate social responsibility determinants: The relation with CSR disclosure. In Accounting and control for sustainability. Emerald Group Publishing Limited. DOI: 10.1108/S1479-3512(2013)0000026001
Pletsch, C. S., Silva, A., & Hein, N. (2015). Responsabilidade social e desempenho econômico-financeiro das empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial-ISE. Revista de Gestão Social e Ambiental, 9(2), 53. DOI: 10.5773/rgsa.v9i2.1018
Porter, M. E. (1985). Technology and competitive advantage. Journal of business strategy. DOI: 10.1108/eb039075.
Ritter, T. (2021). Enabling organizational value-chain processes through network capability. Journal of Global Scholars of Marketing Science, 1-18. DOI: 10.1080/21639159.2021.1924817
Scherer, A. G., Palazzo, G., & Matten, D. (2009). Introduction to the special issue: Globalization as a challenge for business responsibilities. Business Ethics Quarterly, 19(3), 327-347. DOI: 10.5840/beq200919320
Soares, G. M. D. P. (2004). Responsabilidade social corporativa: por uma boa causa!?. RAE eletrônica, 3.
Surana, A., Kumara, S., Greaves, M., & Raghavan, U. N. (2005). Supply-chain networks: A complex adaptive systems perspective. International Journal of Production Research, 43(20), 4235-4265. DOI: 10.1080/00207540500142274
Thomas, E. (2018). From closed to open innovation in emerging economies: evidence from the chemical industry in Brazil. Technology innovation management review, 8(3), 26-37. DOI: 10.22215/timreview/1144
Vurro, C., Russo, A., & Perrini, F. (2009). Shaping sustainable value chains: Network determinants of supply chain governance models. Journal of business ethics, 90(4), 607-621. DOI: 10.1007/s10551-010-0595-x
Yeoman, R., & Santos, M. M. (2019). Global value chains, reputation, and social cooperation. In Global Aspects of Reputation and Strategic Management. Emerald Publishing Limited. DOI: 10.1108/S1064-485720190000018004
Zheng, F., Jiao, H., Gu, J., Moon, H. C., & Yin, W. (2021). The impact of knowledge flows on asset specificity from the perspective of open innovation. Journal of Knowledge Management. DOI: 10.1108/JKM-08-2020-0590
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 3.0 (CC BY 3.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.