Regimes terapêuticos para a úlcera péptica e erradicação de helicobacter pylori nos utentes da rede médicos-sentinela

Autores

  • Ana Paula Martins Centro de Estudos de Farmacoepidemiologia da Associação Nacional de Farmácias, Assistente convidada da Faculdade de Farmácia de Lisboa
  • Paulo Ascensão Assistente Graduado de Clínica Geral do Centro de Saúde de Ourique
  • Carlos Príncipe Ceia Assistente Graduados de Clínica Geral do Centro de Saúde de Coruche
  • Mário Luz Silva Assistente Graduado de Clínica Geral do Centro de Saúde da Chamusca
  • Patrícia Ferreira Centro de Estudos de Farmacoepidemiologia da Associação Nacional de Farmácias
  • Isabel Marinho Falcão Assistente Graduado de Clínica Geral, Observatório Nacional de Saúde do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
  • Brenda Madureira Centro de Estudos de Farmacoepidemiologia da Associação Nacional de Farmácias
  • José Cabrita Professor Catedrático da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
  • António Sousa Guerreiro Professor Catedrático da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v21i5.10167

Palavras-chave:

Doença Ulcerosa Péptica, Helicobacter Pylori, Inibidores da Bomba de Protões, Médicos-Sentinela, Terapêutica de Erradicação

Resumo

Introdução: A relação entre Helicobacter pylori (H.pylori) e a doença ulcerosa péptica (DUP) está hoje perfeitamente estabelecida, bem como o benefício do uso de terapêuticas que, além de cicatrizarem a úlcera, erradicam a bactéria. Objectivo: Caracterizar as opções terapêuticas seguidas na prática clínica diária em doentes com úlcera péptica(UP) confirmada ou sujeitos a uma terapêutica de erradicação de H.pylori, mesmo sem úlcera confirmada. Metodologia: Adoptou-se um modelo de estudo descritivo, com a duração de 1 ano no qual participaram 36 clínicos gerais pertencentes à rede Médicos-Sentinela. A população alvo foi de 36.408 utentes. A amostra foi constituída por 120 casos, sendo 75 de úlcera péptica confirmada por endoscopia e 45 sem úlcera péptica confirmada, aos quais o clínico instituiu terapêutica de erradicação de H.pylori. Resultados: Os 75 casos de úlcera confirmada foram de localização duodenal, em 46,7% dos casos (31,4% das quais eram recidivas), e de localização gástrica em 41,4% (25,8% eram recidivas). Foi possível identificar o H. pylori como etiologia provável, em 24% do total de casos. Só em 52% dos doentes com úlcera confirmada foi prescrita uma terapêutica de erradicação para o agente, mas essa proporção atingiu os 94,4% quando a infecção foi confirmada. Conclusões: As terapêuticas instituídas revelaram, de forma geral, uma prática clínica consistente com as recomendações publicadas para o tratamento da úlcera péptica, embora se tenha encontrado alguma variabilidade no tempo de duração da terapêutica com os inibidores da bomba de protões.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2005-09-01

Como Citar

Martins, A. P., Ascensão, P., Ceia, C. P., Silva, M. L., Ferreira, P., Falcão, I. M., Madureira, B., Cabrita, J., & Guerreiro, A. S. (2005). Regimes terapêuticos para a úlcera péptica e erradicação de helicobacter pylori nos utentes da rede médicos-sentinela. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 21(5), 431–44. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v21i5.10167

Edição

Secção

Investigação Original

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>