A disputa pelo lixo e a resistência dos catadores em contextos de segregação socioespacial / The dispute of the garbage and the resistance of catadores in socio-social segregation contexts

Érica Terezinha Vieira de Almeida

Resumo


O presente trabalho visa a apresentar uma discussão acerca do padrão de desenvolvimento capitalista atual, sustentado na financeirização, e suas consequências do ponto de vista da geração de emprego e da garantia dos direitos sociais universais. Pretende também problematizar o processo de mercantilização da cidade, locus de produção e reprodução da vida social, em detrimento da lógica do “direito à cidade” (LEFEBVRE, 1991). Transformada em um espaço privilegiado de reprodução do valor, as cidades, em especial na periferia do capitalismo, mas não só, vêm realizando um violento processo de segregação socioespacial e racial, violando os direitos fundamentais de uma parcela significativa da classe que vive do trabalho, o que levou Kowarick (1979), ainda na década de 70, a chamá-lo de “espoliação urbana” ao associá-lo ao já conhecido processo de exploração do trabalho. Todavia, esse processo de “acumulação por espoliação” (HARVEY, 2013) vem gerando inúmeras resistências protagonizadas por grupos sociais distintos, que disputam o sentido da cidade e do trabalho. O caso dos catadores de recicláveis do lixão de Campos é uma pequena amostra dessa resistência à transformação da cidade em mercadoria.  


Palavras-chave


Catadores de Recicláveis; Segregação Socioespacial; Direito ao Trabalho

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DOI: 10.3895/rbpd.v6n2.5769

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