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Sobre a natureza e a educação dos corpos na perspectiva anarquista da Escola Moderna de Barcelona

Marcus Taborda de Oliveira, Pedro Prado da Silva Henrique Prado da Silva

Resumo


O trabalho discute algumas prescrições e práticas para a educação dos corpos na experiência anarquista da Escola Moderna de Barcelona. Ancorados em um conjunto de reflexões sobre a natureza para o melhor desenvolvimento da educação, percorremos documentos que vão desde tratados sobre a natureza, livros didáticos e artigos publicados no Boletín de la Escuela Moderna no período entre a década de 80 do século XIX e a primeira década do séc. XX. Capturando a voga modernizadora da educação que, no entanto, recuperava a tradição para defender um “retorno à natureza”, os anarquistas se mostraram sintonizados com os apelos do seu tempo, mas inovaram
ao propor uma educação que questionava o status quo, o autoritarismo e advogava a emancipação dos trabalhadores. Para eles, educar era mais do que instruir. Assim, se eles também repercutiram essa preocupação com a regeneração do povo, a sua proposta assumia características particulares, no sentido de formar sujeitos capazes de lutarem por uma sociedade mais justa, livre e igualitária Por isso, atividades como passeios, excursões, além de práticas escolares nas quais a natureza fosse conhecida e compreendida, eram atividades essenciais para que os alunos superassem o obscurantismo e a ignorância que ajudavam a fomentar todas as formas de dominação. Naquela experiência a educação dos corpos era fundamental.


Palavras-chave


história da educação; educação do corpo; natureza e educação; educação anarquista; Escola Moderna de Barcelona

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