SUMMARY
O presente artigo se insere em uma pesquisa que objetiva formular uma visão atualizada a respeito do papel desempenhado pela Funarte no campo da música brasileira, durante os anos 1970. Depois de reunir comentários da crítica a respeito da atuação do órgão, visamos articular a ação do Instituto Nacional de Música com o discurso de construção identitária preconizado pelo Governo Militar. Através de levantamento bibliográfico, de pesquisa no acervo do Centro de Documentação da Funarte e da consulta de periódicos da época, verificamos que, em linhas gerais, buscou-se consolidar a produção pré-existente, contemplando aspectos de ordem musicológica e pedagógica assim como também projetando certas correntes musicais que passaram a ser consideradas como expressão legítima e autêntica da cultura nacional. Pudemos concluir que, no período, os interesses do Estado em relação à Funarte estavam em correlação direta com os benefícios indiretos que a Cultura, a Arte e, em particular a Música brasileira lhe propiciava.