SUMMARY
Vilém Flusser e Mira Schendel estabeleceram uma amizade que durou vários anos. No período que vai de 1972 a 1980, há um total de seis cartas trocadas entre eles, quando o filósofo se encontrava na Europa e a artista residia no Brasil. O presente artigo objetiva apresentar e discutir essas correspondências a fim de contextualizar proposições de Flusser sobre os seguintes temas: o kitsch, manipulação e codificação, consciente e inconsciente, estilo e intersubjetividade, fenomenologia do estar-no-mundo-em-corpo. Com base nessa contextualização, uma série de trabalhos de Schendel é analisada.