SUMMARY
Estamos tratando neste artigo do tema da globalização em sua face hegemônica. Partimos de uma breve retomada da expansão geográfica e cultural da Europa para as terras conquistadas, que tem na globalização hegemônica sua forma contemporânea, acrescentando os Estados Unidos ao protagonismo de dominação. Trazemos em seguida a análise do processo de globalização de Boaventura de Souza Santos como uma expressão paradigmática da abordagem epistemológica vigente. Posicionamo-nos esteticamente a partir da periferia da cultura dos oprimidos, que não pode ser entendida apenas recorrendo-se a uma visão epistemológica. A vivência da dominação nos dá o olhar estético e periférico, compartilhando da leitura dos dominados, feita por Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido.