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Educação intercultural e Lócus de enunciação: inspirado em uma experiência educativa no México

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O presente artigo aborda uma experiência político-educativa vivida no México e que corresponde a reflexões de questões emergentes de processos formativos de professores indígenas. Estes processos sugerem correlações da interculturalidade crítica com o bem viver, da decolinialidade do saber e do poder e das políticas epistêmicas. Essa experiência formaliza-se no projeto de pesquisa intitulado “Milpas Educativas: Laboratorios socionaturales vivos para el buen vivir”. Ele é capitaneado pelos membros integrantes da Red de Educación Inductiva Intercultural (REDIIN) no interior do Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social (CIESAS) e da Universidad Iberoamericana (UIA), em parceria com a Unión de los Maestros para una Nueva Educación en México (UNEM/EI).  O objetivo é analisar como circularam algumas enunciações sobre o campo de estudos da educação intercultural que formou significados observados nesses espaços formativos, especificamente no projeto de pesquisa. A metodologia usa a perspectiva de lócus de enunciação para explicar uma aproximação analítica conjugada com as concepções do método indutivo intercultural e do pensamento decolonial, para entender como a interculturalidade crítica reverbera em três encontros ocorridos e pertinentes a cinco estados mexicanos, quais sejam: Chiapas, Yucatán, Puebla, Oaxaca e Mochoacán, em 2017. A investigação indica que as repercussões foram conduzidas para um processo formativo que procurou compreender distintas dimensões que caracterizaram a interculturalidade e apresentaram indícios nessa formação de pensamentos e práticas contra-hegemônicos. O estudo aponta para uma abertura de novos horizontes de aprendizados e para uma possível elaboração da proposta que denominamos de Política de Resistência.

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