SUMMARY
Este artigo discute a fronteira cultural que perpassa a surdez entendida como diferença, objetivando contribuir com o debate sobre fronteira, diferença e algumas teorias presentes nos Estudos Culturais. Nesse sentido, por meio de ensaio teórico os conceitos apresentados por autores como Pesavento (2002), Strobel (2016), Costa (2010), Skliar (1999), Geertz (2012), Prysthon (2001), entre outros, foram incorporados a discussão. Procurou-se desvincular a ideia da surdez enquanto doença, que precisa de cura, ou seja, entender os surdos como sujeitos que possuem uma língua, identidade e cultura e são protagonistas de sua própria história. Para isso, o artigo foi dividido em três tópicos. O primeiro tópico ajuda na compreensão dos conceitos relacionados às fronteiras presentes na história da educação dos surdos, e como eles eram estereotipados como (a) normais, o segundo tópico apresenta uma discussão teórica decolonial baseada nos Estudos Culturais e na compreensão da diferença surda e, por fim, o terceiro tópico apresenta as formas de comunicação dos sujeitos visuais, enquanto produtores de cultura.