SUMMARY
Este trabalho visa um estudo hermenêutico da problemática do silêncio na obra de Clarice Lispector, a partir de uma intersecção entre Filosofia e Literatura. Já evidenciado pela crítica ser o silêncio uma questão chave em sua obra (Benedito Nunes, 1989), tipificando uma inquieta e persistente busca pelo inexpressivo, nossa investigação situar-se-á nas “margens” que Clarice deslocou e fez delas o seu centro, demonstrando nelas os desdobramentos e as manifestações do silêncio, que se encontram com a própria escrita, mas que também conduzem a uma profunda e violenta confrontação com a própria autora.