SUMMARY
Neste artigo, o patrimônio cultural da ilha do Morro do Amaral, localizada em Joinville, norte de SC, às margens da baía da Babitonga, é investigado de forma interdisciplinar através do discurso dos jovens da região mediante a aplicação de entrevistas semiestruturadas. O imaginário, arraigado ao real e ao simbólico (RSI), é o ponto de discussão entre os discursos de preservação do patrimônio cultural e a relação com as sensações temporais nesse espaço preservado da cidade. É utilizado como referencial teórico a psicanálise de Freud e Lacan através dos conceitos de desenvolvimento psíquico em três fases: simbiose, complexo de Édipo e jogo do espelho. Essas fases são vistas de forma dinâmica e não estanques. Utiliza-se para compreensão das falas a análise do siscurso (AD) de Pêcheux em uma corrente francesa de teóricos. As respostas dos jovens mostraram uma relação simbiótica com o local no sentido parcial de conhecimento em relação ao patrimônio cultural, ao mesmo tempo em que se tornam passivos a aceitar aquilo que provoca um sentimento ambivalente entre desejo e medo repetindo discursos pré-estabelecidos historicamente.