SUMMARY
Este artigo problematiza o fenômeno da mundialização financeira e o recrudescimento da questão social brasileira na cena contemporânea, tendo como pano de fundo o chamado novo-desenvolvimentismo. A partir de uma análise crítica do cenário que ensejou o processo de financeirização do capital iniciado na década de 1970, são expostas algumas causas do acirramento das refrações da questão social. O artigo aborda, ainda, as recomendações adotadas pelos países latino-americanos em função do Consenso de Washington, bem como os deletérios reflexos provocados pela implantação do receituário neoliberal. Ao final, diante do quadro traçado, salienta-se a necessidade de o Serviço Social, em contraponto ao receituário neoliberal, firmar sua posição nas lutas da classe trabalhadora, com vistas à construção de uma sociedade mais justa e solidária, enfatizando-se os impasses, desafios e limites enfrentados pela profissão na mediação constante e contínua da relação entre capital e trabalho.