SUMMARY
Introdução: A infância, como categoria social, precisa ser estudada, especialmente, as infâncias negligenciadas, como a da criança com deficiência intelectual em contexto educativo, chamada de excepcional no recorte temporal utilizado. Objetivo: Objetiva-se analisar as ações terapêutico ocupacionais como parte da cultura escolar da Fundação Pestalozzi do Pará, desenvolvida no período de 1953-1975 junto às crianças excepcionais. Métodos: Trata-se de uma pesquisa histórica, que se utilizou de matérias de jornais, imagens da cultura escolar da instituição e o livro intitulado “Fundação Pestalozzi do Pará: a educação especial no processo de integração educacional”, publicado em 1988, como fontes documentais que foram analisadas com base na análise do discurso. Resultados: Elegeu-se como resultado duas categorias: O ingresso e classificação das crianças excepcionais e ações terapêutico ocupacionais. Analisa-se que as crianças eram classificadas a partir dos ideários eugenistas e da escola nova da década de 1930. Tal classificação interferia na participação social da criança, inclusive no acesso à educação. Na Fundação Pestalozzi, as crianças excepcionais eram acompanhadas por um programa assistencial e educativo. Na frente educativa, as ações terapêutico ocupacionais envolviam o lúdico, arte, atividades e eventos culturais, esportivos, religiosos e cívicos e se baseavam na política da integração educacional, pautada na habilitação e reabilitação. Conclusão: Conclui-se que o estudo possibilitou compreender quais práticas terapêutico ocupacionais e porque categorias profissionais às referidas práticas eram desenvolvidas na instituição e como elas se incluíam na cultura escolar, bem como se evidencia a inter-relação entre a história da educação especial nacional e local, reforçando a necessidade de estudos históricos no campo da Terapia Ocupacional. Palavras-chave: Deficiência intelectual. Educação Especial. História. Terapia Ocupacional. AbstractIntroduction: Childhood as a social category needs to be studied, especially the neglected childhoods in an educational context, such as the child with intellectual disability, called exceptional in the time frame used. Objective: The objective of this research is to analyze the actions of occupational therapheutic as part of the school culture of the Pestalozzi Foundation of Pará developed between 1953-1975 with exceptional children. Methods: This is a historical research, which used newspaper articles, images of the institution's school culture and the book entitled “Foundation Pestalozzi of Pará: special education in the process of educational integration”, published in 1988, as documentary sources, which were analyzed based on discourse analysis. Results: Two categories were elected as a result: 1. The entry and classification of exceptional children and 2. Occupational therapeutic actions. It is analyzed that the children were classified from the eugenicist ideas and the new school moviment of the 1930s. This classification interfered in the child's social and occupational participation, including access to education. At the Pestalozzi Foundation, exceptional children were accompanied by a care and educational program. On the educational front, occupational therapeutic actions involved the playful, art, activities and cultural, sports, religious and civic events and were based on the policy of educational integration, based on habilitation and rehabilitation. Conclusion: It was concluded that the study made it possible to understand which occupational therapeutic practices and by which professional categories the said practices were developed in this institution and how they were included in the school culture, as well as the interrelationship between the history of national and local special education, reinforcing the need for historical studies in the field of Occupational Therapy.Keywords: Intellectual Disability. Special Education. History. Occupational Therapy. ResumenIntroducción: Es necesario estudiar la infancia como categoría social, con gran manera la infancia descuidada, como los niños con discapacidad intelectual en un contexto educativo, llamados excepcionales en el plazo utilizado. Objetivo: El objetivo es analizar el “terapéutico ocupacional” como parte de la cultura escolar de la Fundación Pestalozzi de Pará desarrollada en el periodo 1953-1975 con niños excepcionales. Métodos: Se trata de una investigación histórica, que utilizó artículos periodísticos, imágenes de la cultura escolar de la institución y el libro titulado “Fundação Pestalozzi do Pará: educación especial en el proceso de integración educativa”, publicado en 1988,como fuentes documentales, que fueron analizadas sobre la base del análisis del discurso. Resultados: Dos categorías fueron elegidas como resultado: 1. La entrada y clasificación de niños excepcionales y 2. Acciones terapéutico ocupacionales. Se analiza que los niños fueron clasificados a partir de las ideas eugenistas y la nueva escuela de la década de 1930. Esta clasificación interfirió en la participación social y ocupacional del niño, incluido el acceso a la educación. En la Fundación Pestalozzi, niños excepcionales fueron acompañados por un programa de cuidado y educación. En el ámbito educativo, las acciones terapéuticas ocupacionales involucraron los eventos lúdicos, artísticos, de actividades y culturales, deportivos, religiosos y cívicos y se basaron en la política de integración educativa, basada en la habilitación y rehabilitación. Conclusión: Se concluyó que el estudio permite entender qué prácticas terapéuticas ocupacionales y por qué categorías profesionales se desarrollaron en esta institución y cómo se incluyeron en la cultura escolar, así como la interrelación entre la Historia de la Educación Especial Nacional y Local, reforzando la necesidad de estudios históricos en el campo de la Terapia Ocupacional.Palabras-clave: Discapacidad Intelectual. Educación Especial. Historie. Terapia Ocupacional.