SUMMARY
Na interface entre corpo e saúde, a imagem corporal expressa uma noção conceitual instrumental de grande valia para o trato profissional com os sujeitos, uma vez que compreende a formação multidimensional da percepção que eles possuem a respeito dos elementos constituintes de seus corpos. Assim, sujeitos insatisfeitos com a imagem corporal apresentam a necessidade de assistência de profissionais de saúde instrumentalizados para lidar com fatores associados a esse quadro. Dentre tais fatores, destacam-se comportamentos alimentares não-saudáveis, considerados fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos relacionados. Desse modo, o objetivo deste ensaio é propor reflexões que tencionam relações entre processo de construção da imagem corporal, os comportamentos alimentares e a formação em saúde. Para isso, partiu-se de um levantamento de dados produzidos na última década a respeito dessas temáticas para uma análise de temas transversais que possibilitam a discussão em torno de fatores de risco associados a esse quadro. Portanto, o ensaio se propõe como um convite à reflexão e à instrumentalização acerca de como cada sujeito constitui sua imagem corporal, que relações ela estabelece com o comportamento alimentar e de que forma essas temáticas se apresentam no contexto formativo de profissionais de saúde. Com isso, almeja-se contribuir para uma compreensão basilar a respeito das questões que perpassam esses temas, de modo a conscientizar e subsidiar a ação desses profissionais frente a casos identificados, bem como incitar o aprofundamento na temática.