SUMMARY
Objetivou-se conhecer a relação entre a dependência do smartphone, o estresse e o bem-estar subjetivo (BES), além de verificar se a dependência poderia explicar essas variáveis. Para tanto, contou-se com uma amostra de 250 universitários (M = 24,45 anos; DP = 14,65), os quais responderam a Escala de Dependência de Smartphone, a Escala de Estresse Percebido, a Escala de Bem-Estar Subjetivo e questões sociodemográficas. Os resultados apontaram relações significativas entre dependência do smartphone e as dimensões do BES. Especificamente, uma correlação positiva com afetos negativos (r = 0,35; p < 0,01) e correlações negativas com afetos positivos (r = -0,33; p < 0,01) e satisfação com a vida (r = -0,33; p < 0,01). Em relação ao estresse, a dependência se relacionou positivamente (r = 0,48; p < 0,01). Observou-se ainda que esta variável explicou negativamente os afetos positivos (ß = -0,33; p < 0,001) e a satisfação com a vida (ß = -0,33; p < 0,001), além de predizer positivamente os afetos negativos (ß = 0,35; p < 0,001). Sobre o estresse, verificou-se que a dependência também o predisse (ß = 0,48; p < 0,001). A discussão se concentra nos impactos psicossociais da nomofobia.