SUMMARY
O atual cenário da saúde pública demanda mecanismos de qualificação de profissionais atuantes na Atenção Primária à Saúde (APS), como os programas de especialização, almejando a reordenação dos processos de trabalho no SUS. Nessa perspectiva do alcance de competências para as reais necessidades coletivas, este estudo tem o objetivo de analisar as contribuições de um programa de especialização em educação para saúde à prática profissional na APS. Trata-se de estudo descritivo, quantitativo e de corte transversal, com amostra composta por 20 discentes. Foram coletados dados sociodemográficos e profissionais e utilizadas duas escalas validadas: Escala de Expectativa em Relação ao Treinamento e Escala de Motivação para Transferir. A análise dos dados se deu por meio da estatística descritiva de frequências absoluta e relativa. No perfil discente, constatou-se a prevalência do público feminino (95%), de 30 e 49 anos (75%), com ao menos uma especialização concluída (95%) e 5 anos de formação (75%). Ademais, 75% dos respondentes atuam na APS, com 80% discentes contratados. A categoria de enfermagem apresentou a maior representação (55%). Em função da capacidade laboral, 95% dos discentes sempre desenvolvem atividades educativas, mesmo com limitado incentivo dos gestores para a realização das práticas educativas (75%) e para a qualificação profissional (45%). A especialização mostrou-se relevante para a APS, estimulando os discentes a utilizarem competências adquiridas, com aumento da qualidade das ações desenvolvidas, tornando-as mais fáceis, com minimização de erros, através da eficiente mudança no perfil gerencial e do fortalecimento do trabalho em equipe para a superação de eventuais barreiras.