SUMMARY
Este artigo se propõe a analisar as práticas de masculinidades na Ilha de Santa Catarina na segunda metade do século XIX. Nada passava despercebido pelos ávidos de cosmopolitismo. E entre as várias intervenções diante do comportamento masculino analisaremos o vestuário e sua indumentária como distinção da nova sociedade que nascia nos meandros do mundo burguês. A sociedade cidadina do segundo império requeria e solicitava cuidados na maneira de “ser” e de “estar” inserido na incipiente burguesia desterrense. Nesta perspectiva o vestuário masculino tornou-se alvo de críticas dos transformadores da inebriante sociedade desterrense do século XIX. O vestuário e a indumentária masculina em Nossa Senhora do Desterro difundiam neste período a imagem do homem moderno e com lugar privilegiado na nova cartografia e tipologias inoculadas na tessitura da sociedade do Desterro.