SUMMARY
Este trabalho analisa o monstro no romance O cheiro do ralo, de Lourenço Mutarelli, por meio da identificação de elementos que compõem a configuração de tais criaturas – como habitat, impureza, poder, prazer e liberdade. O monstro é uma construção cultural, um artifício para estabelecer fronteiras entre práticas permitidas e proibidas, entre a ordem e o caos, entre nós e eles. Na narrativa em questão, a monstruosidade do protagonista está ligada à maneira como ele se comporta, desafiando aquilo que é socialmente aceito.